Gosto
da ideia de se festejar o ano novo. Gosto de tudo o que sirva de mote para
as pessoas celebrarem juntas! Mas a passagem de ano será muito mais do que uma
festa qualquer. Tem uma dimensão simbólica (mais ou menos mágica) que a associa
à possibilidade de recomeço. Afinal de contas: “ano novo, vida nova!”
12 badaladas, 12 passas, 12 desejos!
Pedir desejos é bom! Resgata a esperança. Ajuda
a configurá-la. Mas não chega para conquistar o futuro! Os desejos
precisam de ser acarinhados, polidos com paciência até, com uma pontinha de sorte,
se transformarem em projetos viáveis.
Sim, desejar é bom! Na verdade, os desejos nunca são irrealizáveis! Ganhar o euromilhões ou comprar uma ilha no Pacífico não serão bem desejos, parece-me. Desejos megalómanos não serão bem desejos, parece-me. Servirão, quando muito como refúgio mágico para quem, tolhido pelo medo, se recusa a projetar o futuro. No fundo, não será tão diferente assim (ainda que por linhas travessas) de quando se poupa nos desejos (e nos rasgos de vida) para se poupar nas desilusões.
Sim, desejar é bom! Na verdade, os desejos nunca são irrealizáveis! Ganhar o euromilhões ou comprar uma ilha no Pacífico não serão bem desejos, parece-me. Desejos megalómanos não serão bem desejos, parece-me. Servirão, quando muito como refúgio mágico para quem, tolhido pelo medo, se recusa a projetar o futuro. No fundo, não será tão diferente assim (ainda que por linhas travessas) de quando se poupa nos desejos (e nos rasgos de vida) para se poupar nas desilusões.
Tenho para mim que o desejo será, assim, uma espécie
de ligação, pela esperança, entre o imaginário e as possibilidades que a
realidade oferece. Numa espécie de 2 em 1, será o caminho mais efetivo para
agarrar o futuro, servindo, ao mesmo tempo como vacina que ajuda a metabolizar
a desilusão. Uma dor condensada num falhanço (a partir do
qual é possível tirar ilações e crescer com a experiência) será - tenho para mim - mais facilmente
metabolizável do que a dor difusa, mas omnipresente, de quem, invariavelmente,
não vai a jogo (evitando desejar ou precipitando-se numa catadupa de desejos
megalómanos).
Um Ano Novo cheio de desejos feitos projeto!
Muitos desejos e muita esperança! Para 2017 e para a vida toda :)
ResponderEliminarMuito obrigado, minha cara Manuela Cunha! Um 2017 e uma vida cheia de desejos para ti, também.
ResponderEliminarOs desejos são, muitas vezes, sonhos! Não sendo irrealizáveis, são por vezes impossíveis!... Os meus, claro!
ResponderEliminarQue haja mais textos bons, saúde e boa disposição em 2017.
Muito obrigado, hmargg! Feliz Ano Novo!
ResponderEliminarTalvez um ano depois as coisas tenham mudado "um pouco" certo?
ResponderEliminarHá sempre a esperança de um mundo melhor!
ResponderEliminarMuito obrigado pelo seu comentário, Luísa Reis! Seja bem-vinda a este espaço.
Eliminar